Começo pelo fim . Começos são cacete.
Não seria este então o começo de um fim sem começos?
O barulho dentro de mim não exaure a enxurrada de advertências e exclamações que mantêm a porta fechada.
Fechamento mata o fluxo.
O movimento se esvai.
Meios grandiosamente silenciosos e lacunares, enganam o tempo em uma sucessiva sequência de datas.
Com fim e sem começo, emparedo de cinza o natural.
Sem efemérides na vida . No ser.
Cultuo a onipotência festiva do nada.
A respiração enjaulada é página em branco.
Enquanto no fim adormeço, furtivamente pela janela entreaberta impacto o acontecer.
Pois o fim já conheço.
É ele sempre o começo.
Obs.: Exercício Escola Passagens - A palavra é: Janela